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Quiet firing: quando falta ética na hora da demissão

É fato: nenhum líder se diverte demitindo um funcionário. No entanto, essa atividade precisa ser encarada com a responsabilidade e o cuidado necessários para que uma gestão não caia na armadilha do quiet firing.

Embora essa prática tenha se popularizado entre diversas empresas como uma maneira de evitar conflitos ao dispensar um funcionário, o que está por trás do método é uma enorme falta de ética.

Por isso, para estabelecer uma cultura mais respeitosa e responsável na sua organização, é preciso dar atenção a atitudes que se enquadram nessa prática e garantir que sua gestão fique bem longe delas.

Para saber mais sobre o que é o quiet firing e como evitá-lo, continue a leitura!

O que é quiet firing? 

Imagine que um colaborador da sua empresa está sobrecarregado por uma carga de trabalho muito exigente, sua saúde mental está sendo prejudicada e essa pessoa decide impor alguns limites e dizer não para algumas tarefas que não são sua responsabilidade.

Esse quadro, que não é nada legal para a empresa, mas também é bem desagradável para o próprio colaborador, tem sido chamado de quiet quitting, ou seja, “demissão silenciosa”.

Em reação a esse movimento, que cresceu bastante no meio corporativo, diversas organizações têm empregado o quiet firing, que consiste na “dispensa silenciosa” de um funcionário.

Assim, a gestão começa a dificultar seu dia a dia de trabalho até que o próprio colaborador decida desistir do seu cargo, sobrecarregado por uma rotina exaustiva e demandas nada realistas.

Com isso, a falta de ética por parte da empresa acaba acarretando diversos problemas que podem afetar até mesmo a saúde mental das equipes, levando até mesmo ao surgimento de sintomas da síndrome de burnout.

O que caracteriza o quiet firing? 

Bom, você já sabe que precisa evitar o quiet firing, mas para que isso seja feito é preciso conhecer algumas das atitudes que se enquadram nesse tipo de prática.

Alguns exemplos que podem se confundir com procedimentos normais e corriqueiros no dia a dia da empresa, mas que caracterizam esse conceito, são:

  • parar de oferecer feedbacks ao colaborador e diminuí-lo quando algum erro é cometido
  • estabelecer metas incoerentes e que não condizem com as responsabilidades de determinado membro de uma equipe
  • excluir alguns funcionários de reuniões corporativas ou até de momentos de confraternização, como um cafezinho entre setores ou um happy hour
  • adotar o lema “se não está feliz aqui, a porta da rua é serventia da casa” na gestão da empresa.

Evite essa prática!

Desligar um colaborador é sempre um momento delicado para um líder, mas nada impede que  se torne um procedimento mais respeitoso e ético a partir de algumas práticas.

Para evitar o quiet firing, adote outras atitudes que garantam um processo de desligamento mais responsável por parte da gestão da empresa e menos desagradável para a pessoa a ser dispensada.

Afinal, evitar conflitos a todo custo pode trazer mais problemas do que benefícios.

Por isso, em vez de procrastinar essa tarefa e gerar problemas para ambos os lados, o melhor é abrir o jogo logo de cara e informar o colaborador a respeito do desligamento.

Para que isso seja feito com o cuidado necessário, lembre-se de reservar um momento para ter essa conversa presencialmente e adote uma comunicação positiva, sem perder a formalidade que esse comunicado pede.

Lembre-se de ter empatia com a pessoa à sua frente e garanta que essa troca seja o mais respeitosa e cordial possível.

Afinal, esse não é um momento muito legal, mas isso não impede que você torne ele um pouco menos desagradável.

Pronto para evitar o quiet firing na sua empresa? Para melhorar ainda mais o desempenho do seu empreendimento, confira nosso artigo sobre gestão de tempo para líderes!

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