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Demissão humanizada: cuidados para colocar em prática

 Desligar um colaborador da empresa nunca é algo agradável, mas praticar a demissão humanizada pode ser uma forma mais ética e empática de encarar essa tarefa. 

Afinal, esse é sempre um momento de tensão e é esperado que surja aquele frio na barriga, mas é preciso encará-lo e lidar de frente com a situação. 

Ainda assim, a gente sabe bem que a realidade não é tão simples assim. Na prática, um levantamento da Gartner mostrou que 49% das lideranças tendem a procrastinar conversas difíceis com membros do seu time 

E, no topo da lista de conversas difíceis, está aquela em que a organização precisa informar a um colaborador que ele será desligado.  

Será que dá para deixar essa conversa menos desagradável e a transição do colaborador mais tranquila? Continue a leitura e entenda como a demissão humanizada pode ser colocada em prática! 

O que é uma demissão humanizada? 

A demissão humanizada é aquela que conduz o processo de desligamento de forma cuidadosa e empática, por reconhecer que esse tende a ser um momento extremamente delicado para o colaborador. 

Há quem diga que não é possível colocá-la em prática de verdade e que demitir alguém sempre será um processo desagradável. 

Mas, dentro de uma perspectiva de gestão humanizada, é preciso reconhecer que, em qualquer situação – até mesmo as mais complicadas, agir de forma respeitosa e empática é um dever da organização. 

Ou seja, não se trata de transformar esse processo em algo positivo e digno de comemoração, mas de encarar essa tarefa reconhecendo os seus impactos sobre a vida do colaborador, buscando minimizá-los. 

Como colocar isso em prática? 

Mas, então, como fazer com que a demissão humanizada se torne uma prática da empresa? A seguir, a gente dá algumas dicas de como iniciar esse processo: 

Não pegue o colaborador de surpresa  

Em primeiro lugar, é preciso entender que nenhuma demissão humanizada pega o colaborador de surpresa. 

Isso significa que, quando a organização adota uma cultura focada no bem-estar, é esperado que as equipes recebam feedbacks regulares e saibam se – e como – a sua atuação está deixando a desejar, para que tenham a oportunidade de corrigir falhas e evitar o seu desligamento. 

Comunique-se de forma assertiva e empática 

É bastante comum que, na tentativa de amenizar o impacto da notícia, os profissionais deem muitas voltas antes de chegar ao assunto e sejam pouco objetivos em suas falas. 

Esse tipo de comunicação pode gerar ansiedade e tornar o momento bem mais complicado, principalmente se houver algum mal-entendido.  

Da mesma forma, é claro que adotar uma postura “curta e grossa” está longe do ideal. 

Uma boa ideia é treinar de forma contínua a comunicação empática, respeitosa e assertiva para que esse processo se torne cada vez mais humano. 

Leia também: Como preparar a primeira liderança para ter conversas difíceis? 

Flexibilize os benefícios  

Por fim, uma demissão humanizada envolve reconhecer que o desligamento de um colaborador tem inúmeras consequências na sua vida. 

Uma forma de tornar esse processo menos difícil é flexibilizar benefícios – estendendo o plano de saúde por um curto período de tempo, por exemplo, para que a pessoa tenha mais tempo de se adequar a essa nova condição. 

Além disso, um bom planejamento do processo de offboarding também é bem-vindo, especialmente para ajudar o colaborador na sua recolocação no mercado de trabalho. 

Bora refletir um pouco mais sobre esse assunto? No episódio “Demissões gravadas”, do Podcast Caos Corporativo, os sócios da Escola do Caos falam sobre o impacto de um desligamento e o que o RH deve fazer nesse momento:

Ficou com alguma dúvida sobre esse tema? Entre em contato com a gente e converse com um especialista da Escola do Caos! 

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