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Burnon: a síndrome que pode atingir a sua equipe

A saúde mental dos colaboradores continua sendo uma preocupação no mundo corporativo, que agora enfrenta um novo perigo: a Síndrome de Burnon. 

Assim como o Burnout, o quadro é gerado pelo estresse no trabalho e pela sobrecarga de tarefas, mas apresenta sintomas diferentes e pode ser até mais difícil de diagnosticar. 

Por isso, as empresas que buscam criar uma cultura organizacional mais saudável, na qual o bem-estar dos colaboradores não seja colocado em risco, precisam se atentar a esse problema. 

Bora entender melhor esse assunto? Continue a leitura e entenda o que é a Síndrome de Burnon! 

O que é essa síndrome? 

O conceito de “Burnon” surgiu recentemente, a partir do trabalho dos psicólogos Timo Schiele e Bert te Wildt, que atuam em uma clínica na Alemanha, atendendo pacientes com Síndrome de Burnout. 

O que os profissionais notaram foi uma grande quantidade de pacientes que apresentavam sinais de esgotamento emocional e altos níveis de estresse, mas que seguiam atuando, mesmo tão sobrecarregados. 

Dores no pescoço e nas costas, problemas gerados por ranger os dentes e sintomas associados à depressão eram bastante comuns entre essas pessoas. 

Por outro lado, a sensação de que seus esforços não eram suficientes para a empresa fazia com que continuassem trabalhando, mesmo nessas condições. 

Foi aí que nasceu a “Síndrome de Burnon”, um quadro marcado por um envolvimento tão excessivo dos colaboradores em suas atividades do trabalho, que essa dedicação coloca sua saúde mental em risco. 

Qual a diferença entre Burnout e Burnon? 

Para além dos nomes parecidos, essas duas síndromes compartilham um fator em comum: são geradas pelo estresse excessivo no ambiente de trabalho. 

A principal diferença é que, no caso do Burnout, os efeitos dessa pressão constante costumam fazer com que a pessoa não consiga mais trabalhar. 

Isso acontece por conta dos vários sintomas desencadeados pela síndrome ou até mesmo pelo desenvolvimento de outros transtornos, como ansiedade e depressão. 

Já no caso do Burnon, o colaborador continua atuando, mesmo com a saúde mental fragilizada, em uma espécie de “depressão mascarada”. 

Tanto é que um dos indícios mais comuns entre as pessoas que são acometidas por esse quadro é a dificuldade em dizer “não”, o que faz com que assumam cada vez mais tarefas, por medo de parecerem pouco eficientes. 

Também vale lembrar que o Burnout já foi reconhecido como doença ocupacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS), enquanto essa síndrome ainda está ganhando visibilidade no mundo corporativo e na área da saúde. 

Leia também: Produtividade tóxica: quando o descanso parece um luxo

Práticas essenciais para evitar que o Burnon chegue às suas equipes 

É claro que toda empresa quer ter colaboradores engajados nas suas atividades, mas reconhecer a gravidade desse quadro e agir para evitá-lo é uma prática fundamental. 

E, nesse cenário, o RH desempenha um papel central, já que é justamente ele que deve encarar a difícil tarefa de cuidar das pessoas da organização. 

Algumas práticas que podem ajudar a prevenir esse tipo de situação na empresa são: 

  • criar espaços de diálogo aberto, em que os colaboradores possam falar sobre como se sentem em relação ao seu trabalho, 
  • estimular conversas sobre saúde mental na empresa, 
  • promover treinamentos para melhorar a comunicação entre líderes e equipes, 
  • dar feedbacks positivos, evitando que os colaboradores sintam que seus esforços são insuficientes, 
  • prestar atenção ao comportamento das pessoas para identificar os indícios de Burnon o mais cedo possível. 

Para saber mais sobre como o RH pode atuar nesse contexto, continue aqui no blog da Escola do Caos e explore nosso conteúdo sobre a cultura da saúde mental: 4 práticas para promover o bem-estar dos colaboradores! 

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