Diferentes tipos de cultura organizacional produzem ambientes de trabalho distintos e, consequentemente, levam a resultados diversos.
Apesar de muitas empresas já conhecerem a importância desse pilar para o desempenho corporativo, muitas ainda não conseguem definir qual o seu perfil, ou seja, qual a cultura a ser adotada nas suas práticas diárias.
Por isso, antes de escolher um ou outro caminho, vale a pena conhecer o que os estudiosos têm a dizer sobre o assunto e entender o que cada perfil empresarial representa para o seu desempenho.
Charles Handy, especialista em comportamento e gestão organizacional, identifica quatro possibilidades, cada uma com características próprias e influências no funcionamento das empresas.
Neste conteúdo, apresentamos esses quatro tipos de cultura organizacional, para que você possa descobrir qual deles tem mais a ver com o seu negócio. Vem ver!
Conheça os 4 tipos de cultura organizacional
Segundo os estudos de Charles Handy, existem quatro tipos de cultura organizacional que podem ser adotados por uma empresa.
A seguir, conheça melhor cada um deles:
Do poder
Empresas que adotam esse tipo de cultura costumam ter estruturas mais hierárquicas, com papéis bem definidos.
Assim, os cargos de liderança costumam ficar encarregados de tomar decisões, nem sempre consultando o restante das equipes.
Esse é um modelo comum em contextos nos quais as normas precisam ser mais rígidas.
Por isso, a cultura do poder nem sempre corresponde a uma perspectiva autoritária e “tóxica”, podendo ser uma forma válida de garantir o controle de certas operações.
Da regra
Nesse cenário, as regras e procedimentos são enfatizados e seguidos de forma rígida, valorizando a conformidade, a estabilidade e a previsibilidade de todos os processos.
Esses podem ser ganhos importantes para uma organização, assim como também podem gerar uma certa falta de flexibilidade e adaptabilidade a novos desafios.
Da tarefa
Esse é mais um dos tipos de cultura organizacional que preza por certa estabilidade nos processos, mas, dessa vez, o foco está na realização de metas e na eficiência.
Os processos são bem definidos e a organização valoriza a competência técnica e o desempenho individual.
Dessa forma, a colaboração é valorizada quando se trata de atingir resultados específicos, mas pode haver uma ênfase menor na conexão interpessoal.
Da pessoa
Por fim, chegamos à cultura da pessoa. Nesse cenário, a organização valoriza as relações interpessoais, a colaboração e a satisfação dos funcionários.
Isso costuma levar à criação de um ambiente de trabalho mais amigável e comunicativo, com abertura à criatividade e inovação, focando na aprendizagem contínua dos colaboradores.
Qual é o melhor tipo de cultura organizacional?
A verdade é que, quando falamos em diferentes possibilidades de cultura organizacional, não podemos dizer qual é melhor ou pior.
O que existe, na realidade, são modelos que podem estar mais (ou menos) alinhados aos objetivos da empresa.
A cultura do poder, por exemplo, pode ser eficaz em situações de crise, quando uma liderança forte e decisiva é necessária para tomar medidas rápidas e assertivas.
Por outro lado, a cultura da pessoa é ideal para ambientes criativos e inovadores, onde o estímulo à expressão individual e ao trabalho em equipe é essencial, como em empresas de tecnologia, agências de publicidade ou startups.
Assim, adotar ou não um determinado tipo de cultura organizacional é uma decisão que deve ser tomada com base nas necessidades da empresa, sendo comunicada às equipes para que todos atuem de forma alinhada.
Para pensar um pouco mais sobre isso, vale a pena assistir ao episódio “Conversas cruciais”, da temporada “Os desafios do trabalho em equipe”, do Podcast Caos Corporativo:
Ficou com alguma dúvida sobre esse assunto? Entre em contato e converse com a Escola do Caos para saber mais sobre o tema!