ADEUS MUNDO VUCA! BEM-VINDO MUNDO BANI!
O mundo, que agora é BANI, deu voltas e mudou depressa. E sua empresa está lá atrás ou lá na frente?
Não podemos mais dizer que estamos em uma era de mudanças, na verdade, estamos passando pela mudança de uma era.
O mundo é BANI!
Então, esqueça continuar falando que o mundo é VUCA. Isso é coisa do passado, mais precisamente da década de 90.
Não vivemos mais num mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo. Seria a mesma coisa dizer que precisamos beber água para viver ou usamos celulares para estarmos conectados com o mundo.
Na Escola do Caos pregamos que não dá para falar o que é óbvio. E não venha com aquela de que é óbvio para uns e não óbvio para outros. Óbvio é óbvio!
Afinal, o que é o mundo VUCA?
O conceito do mundo VUCA nasceu na década de 90, com a queda do Muro de Berlim. A internet dava seus primeiros passos, nossa constituição era uma criança (Ulisses Guimarães era vivo), e os primeiros carros americanos estavam chegando no Brasil. Não tinha celular, não tinha TV a cabo, você assistia ao Show da Xuxa. Então, pare de falar que o mundo é VUCA.
Hoje, já estamos vivendo os reflexos da 5a. Revolução Industrial. O quê? 5a.? Não estamos na 4ª. ainda?
Fim do mundo VUCA
Pois é. Se você continua falando mundo VUCA, provavelmente, ainda vive na 3ª. Revolução Industrial. Já sentimos os efeitos da integração entre máquinas e seres humanos.
Com a chegada da Tecnologia 5G, provavelmente, no ano de 2022, nossos eletrodomésticos estarão conectados à rede de wi-fi em altíssima velocidade (hoje, quem faz isso é seu cabo de internet – às vezes).
Isso significa que sua geladeira vai te mandar pushes sobre o prazo de validade dos alimentos que estão lá dentro, sugestões de receitas com os ingredientes que ela está mapeando e fazendo reconhecimento de imagem, e até mandar automaticamente uma ordem de compra de ovos, sem você precisar se incomodar, debitando do seu cartão e mandando entregar na sua casa.
Teremos uma casa totalmente conectada aos nossos aplicativos. Estar na 4ª. Revolução Industrial é ser cringe.
Entendeu agora o que é mundo VUCA e BANI?
Chegada do mundo BANI
Na 5ª Revolução Industrial nos tornaremos ciborgues. Isso significa que teremos ao menos um chip no corpo. Podemos acessar um aplicativo no celular e verificar em real time a quantidade de glóbulos brancos no sangue, se estamos com o colesterol alto, dicas de exercícios físicos para melhorar nossa expectativa de vida. Isso mudará completamente a indústria médica e laboratorial.
Teremos dados precisos sobre o sono, sobre ameaças de mudança de carga genética, mas também poderemos acompanhar a localização de nossos filhos, saber quais amigos estão perto de nós, e receber alertas de que um bandido está se aproximando. Nossos pets terão chip traduzindo o que cada latido significa.
Isso mudará radicalmente a relação com o nosso trabalho. Se estamos entusiasmados com a mudança oferecida com o Open Banking, na qual podemos autorizar nossos bancos a compartilharem nossas informações com outras fintechs, imagine que você poderá armazenar sua vida toda em uma nuvem no Blockchain.
E com isso, você poderá vender seus dados para a indústria de alimentos, entretenimento, e por aí vai. Restaurantes poderão saber seus hábitos de consumo, a indústria de seguros saberá se você dirige nervosa ou calma, se está concentrada ou olhando seu celular constantemente e vai poder calibrar melhor o preço do prêmio.
Você poderá compartilhar dados do momento exato em que acorda, vai dormir, o que come, bebe, como respira, por onde anda, o que gosta de ler, se está feliz ou triste. Seremos dados.
Nesse cenário, manter a competitividade nos negócios não é uma das tarefas mais fáceis. E essa afirmação não é óbvia.
Todos os dias pessoas em diferentes organizações buscam entender quais os impactos dessa nova realidade para as empresas. Antecipar o zeitgeist (espírito do tempo) é um must.
Empresas e profissionais que conseguirem interpretar as mudanças previstas em seus modelos de negócios poderão iniciar uma nova estratégia e ganhar market share valioso. Planos e estratégias ficam defasados e precisam ser refeitos.
Por que isso ocorre?
Nesse novo mundo, cada oportunidade de ampliar o nível de satisfação do cliente deve ser aproveitada. Se a sua companhia não o fizer, certamente, alguma start-up o fará. Lembre-se que cada start-up que nasce foi uma ideia não aproveitada de um funcionário que sugeriu algo para o chefe que o assustou.
E é justamente este movimento o grande causador das inúmeras adaptações e adequações pelas quais as organizações passarão (de maneira constante) nos próximos anos. Isso impacta diretamente as áreas de aprendizagem.
Quando se prepara os colaboradores para desenvolver uma competência, logo ela tem que ser substituída por outra mais atual, que se faz necessária para que os times possam executar a nova estratégia.
O principal desafio de quem trabalha hoje com educação corporativa é acelerar a curva de maturidade em novas competências. E esse movimento só se concretiza com uma Cultura de Aprendizagem que considera a estratégia do negócio para a construção das ações de treinamento e desenvolvimento, ou seja, com Learning Strategy. Ainda, o mundo não é mais VUCA. É BANI. Entenda o acrônimo:
BRITTLE (FRÁGIL): sistemas aparentemente sólidos podem estar à beira de um colapso.
ANXIOUS (ANSIOSO): toda escolha parece ser potencialmente desastrosa. O sentimento é de depressão e medo. Vivemos uma pandemia de problemas mentais gerados pela ansiedade.
NONLINEAR (NÃO LINEAR): causa e efeito são aparentemente desconectados ou desproporcionais. Pequenas decisões podem se traduzir em consequências inimagináveis e gigantes.
INCOMPREHENSIBLE (INCOMPREENSÍVEL): paradoxalmente, a facilidade de acesso à informação prejudica a compreensão do mundo gerando descrédito no que até então parecia confiável.
O CRIADOR DO NOVO ACRÔNIMO
Jamais Cascio, futurologista norte-americano.
Por que BANI?
“É uma estrutura para articular as situações cada vez mais comuns em que a simples volatilidade ou complexidade são lentes insuficientes para entender o que está acontecendo. Situações em que as condições não são simplesmente instáveis, e sim caóticas. Nas quais os resultados não são simplesmente difíceis de prever, são completamente imprevisíveis.”
CAOS
O futurólogo afirma que o CAOS é o novo normal, com a ressalva de que não devemos ser pessimistas: “O perigo desse impulso é que ele pode facilmente se tornar um gatilho para a rendição, um turbilhão para o desespero.”
Como encarar o CAOS neste mundo BANI?
Para a fragilidade – resiliência
Contra a ansiedade – empatia
Para a não-linearidade – flexibilidade
Contra a incompreensibilidade – transparência e intuição
ERA DA DIGITALIZAÇÃO? ERA DO SILÍCIO? ERA DE AQUÁRIO? ERA DAS MUDANÇAS? JÁ ERA!
Adoramos dar nome ao que vivemos. E isso é uma forma de facilitar o entendimento do momento para ajudar a navegarmos melhor e nos adaptarmos.
Mas, de verdade, pouco importa o nome da era que estamos. Mas ainda assim é necessário que os líderes da sua empresa tirem a malfadada digitalização do discurso e passem a colocá-la em prática. Em muitas companhias que querem ser digitais, sequer liberam o sinal de wi-fi para os colaboradores e visitantes.
Assim, chegou a hora de tomar decisões duras, mas necessárias. O Walk the Talk precisa se mostrar visível, a não ser que sua companhia deseje mostrar ao mercado que não aprendeu nada com a pandemia. Luc de Brabemdere, autor do livro “Thinking in new boxes” e professor da Ecole Centrale Paris, diz que até a mudança está mudando, e Domenico de Masi, autor de “Ócio Criativo”, que a maior vantagem competitiva (e até desleal) que um profissional pode ter frente ao outro que trabalha ao seu lado, é aprender rapidamente.
Sim, esqueça a Era da Digitalização, a Era do Silício e qualquer outro nome lindo que nos gere um frisson. O nome é mais simples do que se imagina. A Era da Aprendizagem.
Sim, em um mundo onde a quantidade de informações é absurda, nosso maior desafio é cognitivo. Saber filtrar a relevância de tudo o que estamos expostos e incorporar o que é mais relevante para a vida profissional.
Assim, se uma empresa precisa de um direcionador para ajudar a construir um novo resultado, esse direcionador certamente será: LEARNING STRATEGY. Como sua empresa vai aprender em um mundo onde informação é como o ar, está por todos os lados?
Como antecipar a curva de aprendizagem, criar áreas de dados que ajudem líderes a tomar decisões mais inteligentes? Como capturar as sutilezas dos momentos de vida dos clientes para propor soluções diferentes e adaptadas à sua vida?
Sem uma estratégia de aprendizagem, isso não será possível.
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