Incentivar a liderança feminina dentro da empresa é apostar na diversidade, que é o mesmo que estimular a competitividade do negócio. Mas liderança não é tudo igual? Uma pessoa com uma boa liderança não faz um trabalho bom independentemente do gênero?
Claro, muitas pessoas têm as habilidades necessárias para ocupar o cargo e liderar uma equipe. Contudo, por muito tempo, esses cargos eram destinados majoritariamente ao homem cisgênero branco.
Isso significa que uma boa parcela de candidatos, tão capacitada quanto, era desconsiderada automaticamente apenas por não se enquadrar nesse modelo. Está conseguindo ver o problema? Mas isso é só começo, continue lendo para entender melhor o que isso impacta nas empresas.
O que é liderança feminina?
A liderança feminina é uma pauta que vem acontecendo no mercado de trabalho, para que as mulheres conquistem mais espaço nas organizações, mas não apenas entre o quadro de funcionários, mas também nos cargos de liderança.
Afinal, a capacidade de liderar não está atrelada apenas a um gênero, não é exclusiva de um único grupo de pessoas. Qualquer pessoa consegue desenvolver as habilidades de liderança sob os estímulos certos. Fora isso, muitos indivíduos nascem com características natas de líder.
Um grande problema dentro das empresas é que muitas pessoas nem tentam se candidatar às vagas de liderança. Sabe por quê? Porque a cultura organizacional desestimula esse tipo de cenário.
Em contrapartida, nas empresas que incentivam a diversidade, as mulheres se sentem mais encorajadas a assumir cargos mais altos. E, principalmente, quando já existe um equilíbrio de gênero nas funções.
Liderança feminina no mercado de trabalho
Dados sobre liderança feminina:
- A liderança feminina representa 37%
- 27% das mulheres brasileiras ocupam cargos de liderança
- Apenas 19% dos líderes do agronegócio são mulheres
- Na pecuária, a liderança feminina cai para 8,5%
Apenas 37% das mulheres ocupam cargos de liderança no mundo. Essa porcentagem foi extraída de um estudo sobre liderança feminina e masculino no mundo corporativo, na 16ª edição do Global Gender Gap Index, divulgada pelo Fórum Econômico Mundial em 2022.
Além disso, elas chegam a receber 38,1% a menos do que os homens que ocupam os mesmos cargos. A estimativa é que o mundo leve 132 anos para atingir uma paridade de gênero. Parece muito tempo, né?
Mas, apesar disso, tivemos um progresso de quatro anos de 2021 para 2022, porque anteriormente a estimativa era de 136 anos.
Em 2019, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou um relatório demográfico apontando que, dentre as 7,8 bilhões de pessoas que havia no mundo naquele ano, 5,6 bilhões eram mulheres (pasmem!). Atualmente, a população é de 8 bilhões de pessoas.
Então, se você parar para pensar, 37% é uma porcentagem bem baixa, considerando que há muito mais mulheres do que homens no planeta. E olhando mais de perto, a liderança feminina no Brasil cai para 27%, de acordo com a ONU.
Analisando individualmente alguns setores, esse percentual é menor ainda. A liderança feminina no agronegócio, por exemplo, representa apenas 19% no Brasil. Na pecuária, esse número fica em 8,5%. Você pode achar extremamente baixo (e ainda é), mas houve um aumento de 6% de participação feminina nos últimos 11 anos.
Se olharmos para as liderança negras femininas, esse percentual é mais preocupante, porque está restrito a 3% apenas. Ainda não há dados sobre a liderança de mulheres trans brancas ou negras, mas como você pode imaginar, esse percentual deve ser o mais baixo de todos.
Leia mais sobre:
Por que existe disparidade de gênero no mercado?
Até um certo momento da história humana, homens e mulheres tinham um papel importante para a sobrevivência da sua comunidade.
Contudo, isso foi mudando quando as civilizações se estabeleceram como um sedentárias e os trabalhos braçais começaram a ser destinados aos homens, por conta das suas características físicas.
Mas foi a partir da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) que as mulheres começaram a realmente entrar no mercado de trabalho, para ocupar as funções dos homens que estavam na frente da batalha.
Só que aí houve um problema, os grandes empresários viram uma oportunidade de aumentar seus lucros (ou diminuir suas perdas, de fato foi uma época difícil para a economia).
Alegando que as mulheres não tinham a mesma capacidade física do que os homens, os empresários se recusaram a pagar o mesmo salário para elas, já que teriam que contratar mais mulheres para fazer o mesmo trabalho dos homens.
Apesar da 1ª Guerra ter impulsionado a conquista do voto feminino anos mais tarde (mas não é isso o que vamos abordar aqui), essa condição permaneceu por muito tempo no mercado, mesmo em funções intelectuais, onde o trabalho braçal não era necessário.
Então, com que sentido? Nenhum, apenas pelo domínio da cultura patriarcal que desvaloriza o valor da mulher.
Por isso, hoje é tão importante incluir a liderança feminina dentro das empresas e dar o devido lugar às mulheres no mercado, que também inclui igualdade salarial, e reparar os acontecimentos da história.
Hoje, existem alguns setores ou empresas que são desafiadores para as mulheres, mas com dedicação e tempo, esse cenário vai mudar.
Perfil da liderança feminina
Existem sim algumas habilidades importantes que qualquer líder deve ter e que podem ser desenvolvidas em um treinamento de liderança. Mas existem algumas características específicas da liderança feminina.
Por exemplo, há alguns estudos que comprovam cientificamente que as mulheres são mais empáticas do que os homens. Mas por quê? Seria isso uma condição genética, neurológica ou social? Se você respondeu social, acertou!
Sempre foi esperado que as mulheres agissem de uma certa forma, que correspondesse à figura feminina e delicada. Portanto, alguns comportamentos são esperados e impostos pela sociedade desde o primeiro momento que começam a entender o mundo à sua volta.
Enfim, apesar de algumas características serem naturais ou não, a liderança feminina promove um olhar diferenciado nas organizações:
- Empatia: as mulheres têm uma capacidade maior de compreender o sentimento de outras pessoas;
- Flexibilidade: as mulheres conseguem se adaptar melhor às mudanças, assim como em assumir várias responsabilidades ao mesmo tempo em que conseguem liderar sua equipe;
- Colaboração: a figura feminina tem mais facilidade em oferecer apoio às outras pessoas, o que gera o mesmo comportamento em sua equipe;
- Comunicação: o sexo feminino consegue se expor mais facilmente, o que abre uma via de diálogo entre a equipe.
Como preparar as mulheres para cargos de liderança?
Nós somos a Escola do Caos e queremos provocar uma ruptura nas empresas, proporcionando mudanças que vão além da compreensão do mercado, maaassss são extremamente necessárias para a sobrevivência dos negócios em um mercado que está cada vez mais competitivo.
E para que sua organização não fique para trás, aliás, que consiga acompanhar as mudanças no momento em que acontecem, preparamos alguns treinamentos específicos para te ajudar a se preparar.
Programas de Liderança
Atualmente há 3 programas de Liderança, Alfa, Beta e Omega, sendo que cada uma é voltada para um nível de experiência.
O Programa de Liderança Alfa é para quem está assumindo um cargo de liderança pela primeira vez e precisa de uma mãozinha para conseguir se sair melhor nessa jornada. Assim, não vai cometer os erros básicos que todo iniciante comete.
Já o Programa de Liderança Beta é mais para quem já assumiu o cargo, mas sente que precisa aprimorar mais algumas habilidades e conhecer mais a fundo as técnicas de gestão que estão em alta.
Por fim, existe o Programa de liderança Omega, que é para quem já está há algum tempinho no cargo, mas ainda não consegue evitar cometer alguns erros.
Se você quer saber mais sobre os treinamentos que temos disponíveis, baixe o nosso portfólio:
Bônus: frases de liderança feminina
A luta ainda é grande para inserir as mulheres em cargos mais altos no mercado de trabalho, mas podemos encontrar referências de grandes mulheres que assumiram o papel de liderança. Veja as frases sobre liderança feminina para você se inspirar:
“Todo mundo fala que é difícil liderar uma equipe, lidar com pessoas. O meu conselho é: aprenda a tirar o melhor delas. Eu uso isso em todos os aspectos da minha vida”.
Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, dona da rede de varejo Magazine Luiza.
“O que você decidir ser, seja de forma plena. Quando sou mãe, sou de forma plena e quando sou a presidente, também é assim.”
Rachel Maia, ex-CEO da Tiffany & Co, da Lacoste e da Pandora e atual diretora financeira da farmacêutica Novartis e consultora da RM Consulting.
“Sempre mire alto, trabalhe duro e se preocupe profundamente com aquilo em que você acredita.”
Hillary Clinton, ex-secretária de Estado do governo de Barack Obama
“Eu não sigo as regras estabelecidas, eu lidero com o coração, não com a cabeça.”
Princesa Diana, membro da Família Real Britânica.
“Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento.”
Eleanor Roosevelt, ex-primeira dama dos Estados Unidos, diplomata e embaixadora da ONU.
“Não se limite. Muitas pessoas se limitam ao que elas acham que podem fazer. Você pode ir tão longe quanto sua mente permitir. O que você acredita, lembre-se, você pode alcançar.”
Mary Kay Ash, fundadora da Mary Kay Cosmetics.
“Uma das lições com as quais eu cresci foi a de sempre permanecer verdadeira consigo mesma e nunca deixar que as palavras de alguém distraiam você dos seus objetivos.”
Michelle Obama, advogada e ex-primeira dama dos Estados Unidos.