ESG (Environmental, Social and Governance). Essas três letrinhas podem parecer inofensivas, mas nesses últimos tempos, se tornaram uma das siglas mais importantes para as organizações.
Acredite, elas são tão poderosas que podem aumentar o lucro de uma empresa em milhões por ano! Literalmente, são as letras de milhões! Então, se você quer saber mais sobre ESG, o que é, como ele se aplica e qual é a sua relevância para o mercado de trabalho, não saia desta página!
O que é ESG?
A sigla ESG vem de Environmental, Social and Corporate Governance. Em português, a tradução é Governança Corporativa Ambiental e Social, ou Governança Socioambiental.
O ESG é uma diretriz que as empresas seguem para chegar à integridade. No final das contas, é sobre isso que ela se trata. E ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não é algo novo.
O termo surgiu pela primeira vez em 2004, mas o ESG no Brasil e no mundo só ganhou força mesmo em 2020, quando o mundo estava enfrentando a pandemia do Covid-19.
Uma empresa que adota os critérios ESG é responsável socioambientalmente. Se lembra daquele relatório de sustentabilidade que as grandes corporações emitem todo ano?
Então, o ESG (sustentabilidade) foi se juntando a outras práticas que também ganharam destaque nos últimos anos.
As empresas perceberam que não adiantava apenas aplicar práticas sustentáveis se outros aspectos eram negligenciados, como a saúde mental dos colaboradores ou as relações com a comunidade local.
Essas preocupações cresceram individualmente até que as empresas entenderam que todas essas práticas deveriam caminhar juntas nas decisões de governança.
Mas o que significa ESG?
Então, daqui alguns anos, o ESG até pode ganhar uma carinha nova, mas como não se trata apenas de uma tendência passageira, e sim uma necessidade, vai continuar se tratando da mesma coisa:
- ESG se refere às boas práticas empresariais, que focam na sustentabilidade e preservação ambiental, na relação com seus funcionários e toda a sociedade, além da adoção de transparência e equidade em sua gestão.
Portanto, o ESG na empresa não é benéfico apenas para quem (ou o que) é direcionado. As empresas que adotam essas premissas são melhor avaliadas no mercado e viram o centro da atenção de investidores.
Só para exemplificar, a bolsa de valores de Nova York e do Brasil (B3) têm indicadores que verificam a integridade e a sustentabilidade das empresas, como você vai ver mais à frente.
Mas não se trata apenas de dinheiro, e sim do impacto que uma empresa ESG (que segue as diretrizes) causa no mundo. Por isso, não adianta apenas escrever uma declaração de boas práticas ou uma carta de intenção com palavras bonitas.
É necessário que as empresas coloquem em prática o que é falado, e isso deve atingir todos os níveis da hierarquia, começando pelos cargos mais altos.
Afinal, como já dissemos aqui no blog, quem define a cultura da empresa são os líderes ou os donos. Ela vem de quem tem mais influência e vai atingindo as camadas mais baixas.
Por que ESG é importante para o mercado?
“Esses princípios estão ligados à preocupação que o mercado deve ter com a proteção ambiental.
A gente tem visto discussões fortes sobre as mudanças climáticas que vêm afetando muitos países no mundo, com incêndios grandes ou enchentes em locais que não ocorriam. Isso tudo em decorrência do aquecimento global.
Há o foco sobre como esses negócios impactam o social, incluindo temas como distribuição de renda e desenvolvimento de regiões menos favorecidas.
Em outra vertente, existe a preocupação com as melhores práticas de governança, que englobam pontos como perenidade, questões de sucessão e sustentabilidade a longo prazo para o negócio”, explica Gustavo Alves, CEO da Nagro, fintech especializada em crédito rural.
É um estímulo a mais para pensar em reduzir os impactos ambientais, de dentro para fora. Além disso, ignorar as práticas ESG podem causar um prejuízo financeiro enorme para a empresa.
“Tem fundos internacionais que só compram ativos de quem tem ESG porque esse risco ambiental é neutralizado e essas empresas já adotam políticas ambientais de formas clara e objetiva”, informa o economista e especialista em Direito Ambiental, Alessandro Azzoni.
O compliance ambiental é uma das ações que ajudam uma empresa a demonstrar para o mercado o quanto está engajada nos pilares do ESG.
“Em um processo de análise de crédito, verifica-se, por exemplo, se uma empresa não faz parte de listas de crimes ambientais, se não tem processo trabalhista, nem envolvimento com mão de obra infantil ou tráfico de animais. Se está com seus tributos em dias”, acrescenta o CEO da Nagro.
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Empresa ESG: certificação
Como o ESG se tornou o único caminho que as empresas devem escolher, os profissionais devem acompanhar essa necessidade do mercado. Como é uma prática que ainda está em crescimento, faltam profissionais que consigam implementar o conceito no mundo corporativo.
Portanto, quem procura se aprofundar no assunto, consegue encontrar mais oportunidades e se posicionar melhor no mercado de trabalho. Profissionais de RH e administradores, por exemplo, podem fazer um curso de ESG como complemento.
Mas você já consegue encontrar especializações e MBA em ESG, para profissionais de qualquer área, inclusive no Brasil.
Ser multidisciplinar faz toda a diferença, segundo o diretor da Mercoline Assessoria e Consultoria Legal, Davi Barroso Alberto.
“A junção do meio ambiente com a segurança do trabalho, por exemplo, é algo que vem ocorrendo muito. Tem engenheiro mecânico que pode fazer uma pós-graduação em meio ambiente. O mesmo ocorre com engenheiros do trabalho”.
O alinhamento ao ESG passa a ser cada vez mais um pré-requisito de competitividade, e colocá-lo em prática significa investir em profissionais diferenciados, que não somente dominem conceitos, mas saibam criar um protocolo corporativo, ou contribuir para os protocolos já existentes.
“Na parte de legislação, advogados especializados em direito ambiental são muito demandados, por conta das normas que têm de ser aplicadas. Porém, não é só conhecê-las, mas interpretá-las a partir da visão empresarial.
Deve saber como elas podem contribuir para a corporação, como podem ser moldadas para o time e como incorporá-las no dia a dia. Já o quesito governança inclui uma parte de contabilidade voltada para a transparência”, avalia Alessandro Azzoni.
ESG como estratégia corporativa
A Governança Corporativa, Ambiental e Social é um mercado com muito espaço para crescimento no país.
“É um ambiente que vem ganhando mais espaço e relevância não somente nas grandes corporações e está aí para ser totalmente explorado”, analisa Alessandro Azzoni.
Há muitas instituições no exterior especializadas na emissão de certificações para empresas que cumprem os pilares do ESG. Elas fazem auditorias e acompanham todos os procedimentos adotados pela empresa antes de conceder o selo ESG.
“Eles verificam como os funcionários são tratados, qual o impacto a corporação tem nas famílias e na cidade onde está instalada.
Se for uma indústria, como trata seus resíduos e como está desenhada a governança, se tem plano de sucessão, conselho deliberativo, respeitado o porte desta empresa, claro. Quais ações ambientais são adotadas, como redução de carbono e de uso de matrizes energéticas limpas”, informa Gustavo Alves.
Por onde começar?
Enfim, se você quer surfar nessa onda, entenda que fazer um marketing voltado para questões ambientais não vai gerar o resultado esperado da aplicação do ESG, se a sustentabilidade ficar apenas no papel.
Muitas empresas praticam fake news ambiental. Elas ganharam o título de greenwashing, que significa, em tradução livre, lavagem verde. Elas se vendem como corporações engajadas e preocupadas com o meio ambiente, mas não têm práticas realmente sustentáveis.
Contudo, como você viu neste conteúdo, há outras questões que também devem receber o holofote dentro da governança corporativa. E nós da Escola do Caos podemos te ajudar a acompanhar todas as tendências que estão surgindo no mercado.
Mas o mais importante, é que a gente prepara os profissionais antes que seja tarde demais, e sua empresa seja prejudicada por conta disso.
Além disso, somos mestres em antecipar o caos no seu negócio, assim, seus colaboradores também vão ficar preparados para lidar com as situações mais diversas da empresa e do mercado.
Temos vários treinamentos para líderes, profissionais de RH e outros que querem melhorar suas habilidades e desenvolver outras que estão sendo exigidas pelo mundo Bani.
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